Casa da Palavra



A Casa da Palavra é um espaço dedicado à cultural literária. O seu trabalho é voltado aos amantes da literatura, filosofia, artistas e estudantes.

Ela abriga em seu espaço a Escola Livre de Literatura, que se destina exclusivamente à difusão da Literatura, e à formação de novos leitores e escritores.

Este espaço é um equipamento da Secretaria de Cultura de Santo André.

Local: Praça do Carmo, 171, Centro – Santo André, SP.
Contato: 4992-7218


sábado

Beth Brait Alvim

Bacharel em Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira; Língua e Literatura Francesa; Língua e Literatura Latina pela FFLCH-USP. Licenciatura Plena em Língua e Literatura Portuguesa, Brasileira e Francesa, pela Faculdade de Educação da USP, pós-graduada em Ação Cultural - Artes, Política e Economia; Políticas Culturais, Prática Cultural e Centros de Cultura, pela ECA- USP. Foi conselheira de literatura e diretora cultural da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos, assessora de literatura do Departamento de Cultura de Diadema, fundadora do Grupo Palavreiros e membro do Coletivo de Cultura do ABC e da Cátedra Celso Daniel de Gestão de Cidades. É membro titular do Conselho Municipal de Cultura de Santo André. Recebeu diversos prêmios e menções, entre eles o Prêmio Alice Leonardos, da Academia Brasileira de Letras, pela idealização da Antologia de Dramaturgia Vladimir Maiakovski, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (1996). É autora de diversos livros de poesia e contos, entre eles Ciranda dos tempos – espaços do desejo (2a edição/Escrituras Editora) e Visões do medo (Escrituras Editora) projeto beneficiado pela Lei de Incentivos Fiscais à Cultura de São José dos Campos, incentivado pela Kodak do Brasil e com apresentação de Teixeira Coelho. Em 2003, recebeu a bolsa de especialização profissional Politiques de la Culture et leur Administration, do Programme Courants du Monde, promovido pela Aliança Francesa e pelo Ministério das Relações Internacionais da França.

Flor da idade

beliscar deus
devia ser o mais recôndito sonho

daquele que morre

não o que morre rebuscado

mas o que morre de susto

morre de vez

borrifando o mofo de ser deus

com círios

de húmus solares

ele

por certo assim se mostraria

em sua mais simples

forma

de

ser inteiro

meio

e

talvez

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La Chute

o tempo enorme

siamês do vácuo

é lado da moeda eclipsada

e o outro vômito de lodo

nos couloirs da cidade
fogos sem artifício

e um ombro direito resvala

um impressionista qualquer

risonho esbraveja seu nome e arde

anjo notívago e mocho

se embriaga nos ombros


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para brecht e che

che

não esqueçamos machu picchu

vale a pena

o salto

bertolt

escalemos florestas negras

bebamos da pororoca

brancaleone das cordilheiras

dancemos na neve mais dura nos picos mais altos

de uma terra à vista inventada

na barca de neruda

e oremos aos pés de rilke

nos telhados de templos incas

masquemos mil folhas de coca

e com flores de rum e cerveja nos cabelos

e o ar desengoçado de quixotes

cantemos

sobre a guerra

os medos

sem dizer que nossos

sonhos e segredos

são meros milagres

contra a morte

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